Pergunta 2

Considerando as suas experiências profissionais no campo dos dilemas ou conflitos éticos, pense como você caracterizaria um problema ético e/ou moral, como por exemplo: imagina a situação de ter que informar ao paciente/cliente que houve um erro (imagine aqui um erro na sua área de atuação), apesar de não ter havido complicações. Você contaria ou não? A sua decisão está baseada na moral, na ética ou na bioética. Justifique a sua resposta exemplificando com um erro (não precisa ser real, pode ser hipotético).

Fonoaudiologia
Realizo avaliação da biomecânica da deglutição do paciente à beira do leito, fecho diagnóstico fonoaudiológico, em conversa com médico responsável, sugiro via alternativa de alimentação para paciente.
Após abordagem de outrx profissional da área, discutimos e descubro que minha abordagem não foi adequada. Errei. Paciente não sofreu complicações.
Converso com preceptxr, realizo correção de conduta, informo a paciente e/ou responsável, de que esta não é indicada no momento.
Do ponto de vista
Moral- agi de acordo com meus valores, reconhecendo o erro e adotando outra conduta;
Bioético- fiz uso do princípio da beneficência, desejei fazer o bem.

No meu caso na Fonoaudiologia: Uma situação hipotética recebo uma paciente com uma paralisia de prega vocal, e após a avaliação introduzo uma serie de
exercícios vocais. Logo após percebo que um deles não foi adequado para o caso dela, não favorecendo a paciente, porém não causou nenhum dano. Após verificar o erro, reconheço-o e retiro o exercício da prescrição e mostro outras possibilidades para a paciente. Minha atitude desta forma possui uma reflexão critica, sendo ética e baseando-me no principio bioético de justiça.

As relações nos serviços de saúde devem ser pautadas na confiança do profissional com o usuário do serviço e todas as barreiras que impedem esse fluxo devem ser quebradas, mesmo quando ocorrer falha em quaisquer dos lados. Imagine que o paciente chegou ao serviço para buscar um medicamento chamado cefaLEXINA 500MG, por descuido ou por erro de leitura você dispensa a cefaDROXILA 500MG. Apesar de ambos medicamentos serem da mesma "família" existe uma diferença enorme na ação e até mesmo podendo o paciente ser alérgico apenas ao primeiro, motivo pelo qual foi prescrito o segundo (mais caro).
Mesmo que você não queira passar pelos seus egos de nunca errar, a vida do paciente pode está em perigo. O fato deve ser, de imediatamente, sanado, sendo o paciente contactado e a situação esclarecida.

Nutrição:

Situação hipotética: Paciente idoso é admitido no hospital, em 24 horas realizo a triagem e avaliação nutricional do paciente, após os cálculos das necessidades nutricional, prescrevo uma dieta branda laxativa. Ao reavaliar o paciente o mesmo refere sintomas de diarreia (4x/dia), imediatamente reconheço o possível erro, modifico a dieta, converso com o paciente e acompanhante sobre a conduta, explico que a quantidade de fibras da dieta pode ter sido uns dos fatores para o sintomas de diarreia. Nesse caso minha conduta não teve a intenção de causar dano ao paciente, baseada na não maleficência, moral e bioética.

Um exemplo da fisioterapia. É um paciente pós operatório de artroplastia total de fêmur e mobilizo em variados graus de flexão do quadril, ocasionando dor e podendo levar a uma luxação do mesmo, não ocorrendo danos. Assumo o erro, baseados na moral, e na etica, e assim previno novos danos, assegurando que o próprio paciente não realize o exercício contraindicado, baseando-se no princípio da beneficência.

Situação hipotética:

No ambulatório de fisioterapia, um paciente com diagnóstico de insuficiência cardiorrespiratória, na terapia proposta por mim os exercícios excedem a condição física do paciente tornando-o exausto ao final. Eu reconheceria que precisaria de alterações na conduta e que deveria ter prescrito algo mais leve ao paciente, não explicitaria demais o erro para não perder a confiança dele. A decisão justifica na ética profissional principalmente e na não maleficência.

Vamos lá... Era horário se verificar os dextros dos recém-nascido. A ala com 32 mães e 32 RN. Fui ajudar as técnicas de enfermagem. Realizei o dextro das 18h do Rn de um determinado leito porque a técnica havida dito para ajudá-la:"faça dextro do 108 (número hipotético)". Quando retorno com o valor.. descubro que era da mãe e não do RN, pois já havia sido feito do mesmo. Ou seja, foran dois furos para verificação da glicemia no intervalo curto. Voltei ao quarto e expliquei a mãe o que havia acontecido qe se autorizava a realizar o dela. A mesma autorizou. Nenhum dano a ambos os pacientes. Agi conforme minha moral, afinal não podemos nunca deixar de explicar procedimento, o que ocorreu, o que fizemos com paciente. E além disso, a minha pessoa busca assumir erros e reconhecer acertos. Iria pra casa com peso na consciência tanto se não falasse ou se não fizesse da mãe por evitar entrar na enfermaria novamente.

Sou assistente social e recebi denuncia de que um usuário com doença renal crônica cadastrado no programa de TFD (que se destina a pagamento de transporte, alimentação e quando necessário hospedagem) estava recebendo o benefício do programa por ele e por um acompanhante sendo que o acompanhante nunca foi a uma viagem. Ao chamar o mesmo para um diálogo o mesmo informou que não levava o acompanhante porque o valor do benefício pago para ambos só dava para cobrir as despesas de transporte e alimentação de um e que ainda estava em condições de viajar sozinho. Ciente de que o valor é realmente irrisório e que a condição social do usuário não o permitia arcar com o restante de sua despesa alimentar continuei enviando as planilhas para pagamento dele e do acompanhante. Acredito que agir moralmente, mas por outro lado enquanto assistente social não me cabe o papel de fiscalização quanto a forma como o recurso é gasto pelo usuário. Logo, não acho que fui anti ética.

Fisioterapia
Situação hipotética: Paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva, em suporte ventilatório invasivo, respondendo a comandos simples, porém,  apresentando instabilidade hemodinâmica (hipotensão), apesar disso, percebo que o mesmo apresenta controle de tronco, então, decido coloca-lo sentado a beira do leito. Ao sentar-se, o paciente apresenta tontura devido a hipotensão. Reconheço que preciso atentar-se aos sinais vitais e que deveria esperar um momento de estabilidade do paciente para realizar a conduta. Assumo o erro, baseando-se na ética e moral e fico atenta para que não ocorra novamente a falha.

Situação Hipotética: Determinado paciente estava aguardando o preenchimento dos dados para realização de um exame e no momento de preencher os dados, foi colocado os dados (endereço, DN e peso) de uma outra paciente, ao enviar para o laboratório percebi que os dados tinham sido trocados e precisei ir até ela, expliquei a situação que havia preenchido os dados errados e ela me passou todas as informações mais uma vez e então encaminhei os dados corretos ao laboratório! Agi de acordo com a minha moral e ética profissional, pois expliquei toda a situação a paciente!

Considerando as suas experiências profissionais no campo dos dilemas ou conflitos éticos, pense como você caracterizaria um problema ético e/ou moral, como por exemplo: imagina a situação de ter que informar ao paciente/cliente que houve um erro (imagine aqui um erro na sua área de atuação), apesar de não ter havido complicações. Você contaria ou não? A sua decisão está baseada na moral, na ética ou na bioética. Justifique a sua resposta exemplificando com um erro (não precisa ser real, pode ser hipotético).

Uma hipótese de um problema ético profissional: durante a realização de um curativo de um cateter venoso central em uma crianças de 8 meses, percebi que há muita cobertura (micropore) cobrindo a extensão do cateter. Assim, resolvo utilizar uma tesoura para ajudar na remoção dessa cobertura, porém, ocorre o incidente de cortar, junto ao micropore, essa extensão, ou seja, perdeu-se o acesso venoso. Presente no quarto estava a mãe da criança.

Minha reação seria: ficar, de certa forma, assustada, nervosa, mas tentar me controlar e não demonstrar essas reações a mãe. Analisar o estado da criança, primeiro tentando manter ela em segurança. Eu avaliando que a criança está estável e segura, informo a mãe do erro e procuro a enfermeira gerente e responsável pela enfermaria, reporto a ela o ocorrido e conversamos sobre os trâmites. A mesma iria recorrer ao código de ética da enfermagem (resolução 564/2017). E juntamente com sua superior iriam caracterizar o incidente para tomar as medidas segundo esse código.
Mas antes de informar a mãe, reportar a minha superior, me surgiu a incerteza e dúvida se deveria ou não fazer, fazendo parte de um problema ético.

Educação Física
Um erro hipotético, mas comum: Trabalhando na área da musculação, já encontrei alunos que trocaram a ficha de treino com outros alunos por não perceberem o nome na ficha. Imagino a situação em que eu seria a profissional que entregou a ficha errada a uma aluna senhora que já possui uma lesão no joelho, e esta ficha de treino é específica para uma jovem saudável que não tem nenhuma lesão. Neste caso, haveria risco de maiores lesões devido a intensidade e volume de treino serem diferentes. Ao iniciar no primeiro exercício eu já perceberia que há algo diferente na ficha e veria que o nome está errado. Como o ambiente de academia é geralmente alegre, eu informaria e assumiria que o erro foi meu, mas no final tentaria fazer alguma brincadeira (dependendo da personalidade da aluna) para não perder sua confiança.

Pergunta 2: Considerando as suas experiências profissionais no campo dos dilemas ou conflitos éticos, pense como você caracterizaria um problema ético e/ou moral, como por exemplo: imagina a situação de ter que informar ao paciente/cliente que houve um erro (imagine aqui um erro na sua área de atuação), apesar de não ter havido complicações. Você contaria ou não? A sua decisão está baseada na moral, na ética ou na bioética. Justifique a sua resposta exemplificando com um erro (não precisa ser real, pode ser hipotético).

O ato de contar está ligado à relação existente previamente com o paciente.Um paciente cuja frequência na USF seja grande, contaria; um paciente que não frequenta a unidade, não contaria. Por questões morais evitaria expor o erro ao paciente, pois o assistido poderia questionar minha capacidade profissional devido a um erro que não causou iatrogenia, além de não retornar para dar continuidade à assistência por não confiar mais, entretanto notificaria no livro de ocorrências e no prontuário.
Exemplo: Mulher procura a USF para realização de exame preventivo para o câncer de colo de útero, ao exame verifico secreção característica de vaginose bacteriana, entretanto prescrevo antifúngico. Ao perceber o erro, busco a usuária em visita domiciliar orientando sobre a necessidade de tratamento com outro medicamento.

Profissão Nutrição: Caso Hipotético
Prescrevo dieta com alta osmolaridade e pobre em fibras, paciente apresenta vários episódios de dejeções líquidas (diarreia). Primeira atitude a ser tomada é mudar imediatamente a prescrição, depois conversar com o paciente e esclarecer o ocorrido. O erro nunca vai ser algo positivo, principalmente quando este causar dano ao paciente, mas os erros servem de aprendizado e para que possamos ficar mais atentos a determinadas situações.

Caso hipotético: Farmácia
Uma paciente comparece a unidade de saúde para uma consulta farmacêutica e na conversa ela relata que começou a tomar um chá e eu digo que não tem problema. Porém, quando fui estudar o caso e verificar possíveis interações percebo que um medicamento não poder ser utilizado junto com o chá. Eu entraria em contato o mais rápido possível e contaria para a paciente e esclareceria que o tempo que ela utilizou o chá não ocasionou complicações, assim agiria baseada na ética.

Supondo que eu seja a Farmacêutica Clínica de uma unidade do hospital e realizo a admissão farmacêutica juntamente com a conciliação medicamentosa dos pacientes que são internados. A conciliação de medicamentos consiste na obtenção de uma lista completa e precisa dos medicamentos que o paciente utiliza (incluindo nome, dosagem, freqüência, e via de administração). Entretanto, em um determinado internamento não foi realizada a conciliação medicamentosa. Alguns dias depois, sou chamada na enfermaria, pois o paciente quer tirar dúvidas, por não estar tomando o medicamento para infecção, medicamento que estava tomando em casa. O paciente afirma que está sentindo dores.
Ao conversar com o paciente, afirmo que não realizei a conciliação medicamentosa, e neste momento, pergunto toda a sua história de uso contínuo de medicamentos. Informo que entrarei em comunicação com o prescritor e sinalizarei/solicitarei exames laboratoriais para verificar a necessidade do medicamento.

Admin escreveu:Considerando as suas experiências profissionais no campo dos dilemas ou conflitos éticos, pense como você caracterizaria um problema ético e/ou moral, como por exemplo: imagina a situação de ter que informar ao paciente/cliente que houve um erro (imagine aqui um erro na sua área de atuação), apesar de não ter havido complicações. Você contaria ou não? A sua decisão está baseada na moral, na ética ou na bioética. Justifique a sua resposta exemplificando com um erro (não precisa ser real, pode ser hipotético).

Um caso na Fonoaudiologia:
Realizou-se monitoramento de uma paciente no hospital, a avaliação da biomecânica da deglutição do paciente realizada anteriormente à beira do leito mostrou-se sem interferências para a deglutição. Porém, no dia seguinte a paciente apresentou desconforto respiratório exacerbado, podendo comprometer sua deglutição e apresentar risco de broncoaspiração, por isso, converso com equipe responsável, com paciente e acompanhante, e sugiro via alternativa de alimentação.
No dia seguinte, observo paciente com melhora no desconforto respiratório e possibilidade de via oral segura. Não dia anterior a passagem da sonda não foi realizada e a paciente não sofreu danos. Converso com preceptor, realizo a correção de conduta, informo ao paciente e acompanhante sobre a via alternativa de alimentação não ser mais necessária no momento.

A decisão foi baseada do ponto de vista:
Moral- Segui meus valores e princípios ao reconhecer o erro e o informa-lo aos envolvidos, adotando outra conduta;
Bioético- Utilizando os princípios da beneficência e não-maleficência, maximizando os benefícios e minimizando os prejuízos ou agravos à saúde.

Fisioterapia
Ao realizar um procedimento de aspiração via TQT , o profissional verificou que o vácuo não estava com a pressão adequada, devido a um defeito no sistema, decidiu com isso, não realizar o procedimento até que o problema técnico fosse resolvido. Julgando ser o mais correto a se fazer no momento: informa ao acompanhante o ocorrido e tentar viabilizar a resolução do problema.
A decisão foi baseada na ética profissional e na 'não-maleficência', uma vez que introduzir a sonda com o vácuo sem a pressão adequada iria lesar as vias áreas do paciente, colocando ele em maior sofrimento.

Odontologia
Situação hipotética: Após realizar procedimento odontológico de Endodontia, no retorno do paciente, o profissional percebe que a medicação intracanal utilizada no procedimento anterior está com a validade vencida, sendo que não ocorreu nenhum dano ao paciente. O profissional decide contar ao paciente sobre o ocorrido e esclarecer que não houve nenhum efeito vindo do uso da medicação, agindo de acordo com os princípios da ética e da moral.

Situação hipotética: Era necessário realizar o teste do coraçãozinho de um recém-nascido. Levo o RN para o procedimento e só quando vou registrar o resultado do exame, percebo que o teste já havia sido feito no mesmo. Retorno ao leito e explico à mãe o que havia acontecido: No censo da ala não constava a realização do exame no dia anterior, por isso, o teste foi repetido. Nenhum dano ao binômio. Minha decisão foi baseada na moral e ética profissional, sempre esclarecendo os erros e atentando para não repeti-los.

Ao fazer a visita nos leitos uma paciente me informa que no plantão anterior foi feito uma medicação errada, medicação que seria para a paciente do leito ao lado. Informo a mesma que não estava sabendo do ocorrido , mas que irei buscar informações e explica-la o que de fato aconteceu. Ao ler o livro de passagem de plantão a colega deixou por escrito o erro. Informo a paciente que a medicação administrada nela foi uma medicação que ela também estava usando(em outro horário) , mas que não iria causar mamalefícios. Minha decisão foi baseada na moral e ética profissional ao esclarecer a paciente o que de fato aconteceu e ao admitir o erro do colega. Baseada também nos princípios da não- maleficência .